Google+ oficialmente chega ao fim. Vai fazer falta?

A tentativa do Google foi respeitável, mas eles não conseguiram ofuscar o Facebook. E agora que o Google+ acabou, fica a pergunta: vai fazer falta?

Com todo o sucesso das redes sociais e a popularização do Facebook, não é de se assustar que a Google também tenha tentado entrar neste mercado. O Google+ foi anunciado como uma espécie de concorrente da rede social de Mark Zuckerberg, com o chamariz principal sendo os círculos que eram vistos como as antigas comunidades do Orkut, rede social que fez sucesso no Brasil mas não agradou boa parte do resto do mundo. Mas, a verdade é que o Google+ nunca realmente fez sucesso e, no dia 2 de abril foi anunciado o fim da rede social, mas você sentirá falta dela?

Google+ oficialmente chega ao fim. Vai fazer falta?
Google+ oficialmente chega ao fim. Vai fazer falta?

Se você é dono de uma empresa e possui um perfil no Google+, no entanto, nem tudo está perdido. O Google afirmou que pretende continuar investindo nesta plataforma social, desde que a mesma seja utilizada por empresas. A ideia é lucrar com anúncios e permitir que perfis de empresas sejam seguidos, no futuro você poderia simplesmente buscar os perfis das melhores farmácias, lanchonetes, postos de gasolina ou até mesmo saber quais são os melhores cassinos online do Brasil. Tudo com o Google e sua rede social para empresas (que poderia ter seu nome alterado). E isso vai dar certo? Bem… as chances são um pouco maiores, e os motivos destacamos a seguir.

Histórico de vazamentos

O motivo principal que fez com que a Google terminasse o suporte à rede social foram dois eventos que envolviam o vazamento de dados e informações confidenciais dos seus usuários. Inicialmente, cerca de 500 mil usuários foram comprometidos. De acordo com o Google, eram os aplicativos integrados ao serviço que permitiram que estes usuários tivessem suas informações privadas expostas.

Foi neste momento que a empresa anunciou que o Google+ iria parar de funcionar em agosto deste ano. No entanto, outro vazamento de informações ocorreu, desta vez foram 50 milhões de usuários comprometidos, e foi por isso que a gigante das buscas resolveu adiantar a data de finalização da rede social.

Em termos de vazamento, o próprio Facebook sofreu com este problema, que também afetou cerca de 50 milhões de usuários. Logo, é importante citar que embora este histórico negativo tenha influência direta nas decisões do Google, existe outro fator que fez a companhia cancelar as atividades na rede social: a falta de sucesso.

Concorrência com o Facebook

Muitos apontam que a apresentação da rede social foi o maior erro do Google. Anunciado em 2011, o Google+ entrou no mercado para convencer 250 milhões de usuários satisfeitos com o Facebook de que o Google+ era melhor. É importante notar que este era o momento em que várias pessoas conseguiam definir uma única rede social para interagir com seus amigos.

O Facebook integrava postagens, fotos e mensagens em uma interface simples, leve e várias pessoas aderiram ao mesmo, o que facilitava muito o contato com os amigos.

Agora, suponha que você decida que o Google+ é melhor, como você irá convencer todos os seus amigos a fazerem a mudança? Lembre-se: o Facebook, na época, era quase perfeito, comparado às soluções anteriores. Logo, o próprio Google se colocou em uma situação digna dos filmes de “Missão Impossível”: derrotar um serviço inovador e de sucesso, que fechou o ano de 2011 com um crescimento de quase 200%, ultrapassando o Orkut no Brasil.

Design e nomes pouco atraentes

“Google+”: este nome por si só sempre foi algo que muitos consideravam esquisito para uma rede social. Até mesmo do ponto de vista empresarial é uma má ideia, pois a empresa colocou sua marca em um produto que foi uma grande falha. Para o usuário, nomes simples como Facebook eram muito mais “descolados e novos”.

Mas não é só o nome do serviço que pesou, as próprias decisões da empresa, no tocante às ferramentas da rede social não foram das melhores. Você precisava adicionar amigos aos seus diversos círculos, e somente então eles poderiam ver o que você compartilhava e vice-versa. Ainda existiam termos mais complexos como “Sparkles” e “Hangouts”, sendo que o último foi popularizado porque o mesmo estava incluso em vários dispositivos Androids.

De qualquer forma, quem quisesse abandonar o Facebook teria que dedicar algumas horas simplesmente para configurar sua página na nova rede social e entender os complexos termos utilizados.

Somando todos estes pequenos detalhes, não é nenhuma grande surpresa o fato que o Google+ nunca foi a rede social que desbancou o Facebook.

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Sobre o Edivaldo Brito

Edivaldo Brito é analista de sistemas, gestor de TI, blogueiro e também um grande fã de sistemas operacionais, banco de dados, software livre, redes, programação, dispositivos móveis e tudo mais que envolve tecnologia.

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