Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux

Mesmo ainda sob um pouco de ceticismo do criador do kernel do Linux, em breve, Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux.

Rust foi chamada para fazer grandes coisas, na medida em que foi proposto que o Linux fosse reescrito, pelo menos parcialmente, na referida linguagem de programação. Quando acontecer, Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux.

Linus Torvalds não fechou a porta para essa possibilidade, mas o criador do kernel mostrou algum ceticismo sobre como a tecnologia da Mozilla funcionaria quando o impulso vier.

No entanto, o grande interesse em trazer Rust para o Linux, juntamente com o enorme potencial que a implementação oficial da linguagem possui, sugeriu que sua introdução ocorreria mais cedo ou mais tarde e, como foi visto recentemente, este será o caso, já que alguns desenvolvedores estão dando passos importantes para fazer do Rust a segunda linguagem do kernel do Linux.

Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux

Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux
Rust se tornará a segunda linguagem do kernel Linux

Antes de prosseguir, é importante observar que o Linux, pelo menos no nível do projeto, não é C puro há muito tempo.

Isso significa que Rust não seria o primeiro forasteiro a “escorregar” para um dos projetos que, até hoje, continua sendo um dos principais bastiões da linguagem que C, que perdurou e continua perdendo como uma das grandes referências de programação de baixo nível.

A mudança proposta pelo desenvolvedor Miguel Ojeda faria com que o código Rust introduzido no Linux dependesse da versão estável do compilador em vez do branch beta.

Este código seria migrado em cada versão estável do compilador Rust, que está atualmente na versão 1.57. Ao fazer isso, Ojeda explicou que eles “foram capazes de remover da lista alguns recursos instáveis” que estavam usando.

Embora a reescrita do Linux em Rust ainda pareça implausível, é verdade que a linguagem encontrou várias facetas que pode abranger.

Aqui, Linus Torvalds e Greg Kroah-Hartman apontaram na época que os drivers seriam o primeiro alvo do Rust dentro do Linux. Por outro lado, Torvalds reconheceu que em alguns aspectos eles levaram o C ao limite para o desenvolvimento do kernel.

O motivo para levantar a inclusão do Rust no Linux não é por causa da moda, mas porque a implementação oficial da linguagem de programação apresenta melhorias em relação ao C, reduzindo as chances de falhas de segurança no nível da memória.

Desta forma, segundo o próprio Miguel Ojeda, os problemas de comportamento indefinido de C são eliminados graças ao facto de “a ferrugem não ter um comportamento indefinido”.

Se o que é proposto na frente em questão for aprovado, é provável que o Rust comece a ter um papel real no Linux a partir do ano 2022.

Ver o Linux reescrito no Rust continua a soar mais como uma quimera do que qualquer outra coisa, mais vigilante que é um projeto que atinge 30 milhões de linhas de código, mas todos os caminhos começam a ser percorridos na primeira etapa e os avanços tecnológicos podem empurrar nessa direção para manter o kernel no pé da arma.

Sobre o Edivaldo Brito

Edivaldo Brito é analista de sistemas, gestor de TI, blogueiro e também um grande fã de sistemas operacionais, banco de dados, software livre, redes, programação, dispositivos móveis e tudo mais que envolve tecnologia.

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