Se você gostou da ideia por trás do smartwatch PineTime, saiba que relógios com Linux já existem desde antes do Apple Watch. Confira!
Algumas pessoas definem um smartwatch como sendo um dispositivo móvel com tela sensível ao toque, projetado para ser usado no pulso e entregar pequenos app e, claro, as horas.
Mas atualmente, um dos principais benefícios de um smartwatch é que ele o mantém constantemente atualizado sem que o usuário tenha tirar seu smartphone do bolso e exibi-lo em áreas muito públicas.
Mas independente da utilidade, esse tipo que gadget não surgiu há poucos anos como muitos pensam, nem tampouco, foram uma reinvenção da Apple.
E as notícias do lançamento do PineTime são uma boa desculpa para lembrar esses primeiros modelos, e, claro, negar a crença de grande parte da imprensa em geral que Steve Jobs inventou a indústria de computadores em seis dias, e descansou no sétimo.
Relógios com Linux já existem desde antes do Apple Watch
Relógios com Linux não são novidade. Na verdade, eles são algo tão antigo que o primeiro e o terceiro dos modelos de relógios inteligentes da história usaram o Linux como sistema operacional.
Em 1998, o Linux Journal relatou o aparecimento do primeiro modelo.
Mesmo sendo limitado, além de mostrar as horas, ele também servia para videoconferências.
O sistema precisava de um transmissor escondido sob a roupa. O equipamento podia transmitir imagens a uma taxa de 7 quadros por segundo com uma profundidade de cor de 24 bits. As imagens podiam ser vistas em sua tela de 640 × 480 pixels.
O relógio tinha dois modos:
- Uma função SECRET que, quando selecionada, oculta a janela de videoconferência, desativando a transparência do oclock, para que o relógio pareça um relógio normal (apenas o relógio que preenche toda a tela de 640 × 480 pixels).
- A função OPEN cancela a função SECRET e reabre a sessão de videoconferência.
No momento da publicação, foi relatado que todo o software estava disponível sob licenças GNU GPL.
Já em 2000, a IBM lançou seu Watchpad, e este modelo possuía muitos outros recursos.
Ele tinha um monitor de cristal líquido QVGA cuja resolução era de 320 × 240 pixels em preto e branco.
A conectividade dele era feita por Bluetooth, IrDA e RS232C e veio com uma bateria para toda a vida. Como sistema operacional, foi usado o Linux v2.4.
De acordo com a publicidade da época, não apenas serviu como assistente pessoal, mas também para controlar o PC.
De acordo com os sites institucionais da IBM, a empresa continuou trabalhando em seus relógios até 2011, incorporando inovações como uma tela de diodo emissor de luz orgânico de alta resolução (OLED) ou a capacidade de interagir com o dispositivo e o software WebSphere.
Em termos de conectividade, o relógio tornou-se compatível com o protocolo IPv6.
No entanto, para ter algo como um relógio com o Linux, os consumidores tiveram que esperar os primeiros modelos do Android aparecerem em 2014.
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